quarta-feira, 12 de novembro de 2014

PRATICAS BDSM




BDSM é um acrónimo para a expressão "Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo" um grupo de padrões de comportamento sexual humano. A sigla descreve os maiores subgrupos:
 A Coleira no BDSM, representa um compromisso, uma relação de propriedade entre TOP e bottom. Assemelha-se ao conceito de aliança baunilha, com a diferença que somente o escravo usa a coleira, para mostrar a todos a quem pertence.

Uma coleira pode ser física ou virtual. Podem existir coleiras sociais ou de sessão.
Como se convencionou escrever nicks (apelidos virtuais) de TOP em caixa alta (maiúscula) e de bottoms em caixa baixa (minúscula), as coleiras virtuais são geralmente assim escritas: “(nome do escravo)_NOME DA TOP, por exemplo: “(subano)_DOMADORA CRUEL.”
A coleira de sessão pode ser mais refinada ou ser essas de cachorro mesmo.
No entanto, tendo em vista o preconceito social, não seria prudente alguém sair por aí com uma coleira de cachorro com o nome da Dona, então se criaram coleiras sociais, que são mais discretas; podem ser apenas colares com pingentes ou símbolos que remetam a lembrança constante da Dona e de que o escravo que a porta a ela pertence.


Uma relação-BDSM pode apresentar vários graus de profundidade. Pode ser apenas virtual no início e depois ir evoluindo e cada vez ficando mais intensa.
Quando uma relação sai do virtual e passa para o real, geralmente acontecem sessões esporádicas entre o casal e com o tempo, caso eles desejem isso, a relação pode chegar a ser full time, 24 horas por dia, 7 dias por semana, daí a expressão 24/7, embora talvez melhor expressão fosse 24X7.
Nessa relação o vínculo-BDSM é integral; a despeito de não ocorrerem sessões e práticas o tempo todo, o domínio persiste, sendo que certos ritos e atitudes podem ser convencionadas para momentos mais descontraídos, quando não se está em sessão.
Parece requisito essencial do 24/7 que o casal more junto ou ao menos muito próximo, de modo que a Dona possa dar ordens ao escravo quando quiser.
No 24/7 ainda existem as safewords: o escravo pode se negar a fazer práticas específicas se isso ferir seus limites.
O próximo estágio em termos de entrega é uma relação “consensual não-consensual”, em que o escravo pode até expor seus limites (ou deixar que a TOP vá descobrindo), mas em que ele não poderá usar uma safeword para recusar determinadas ordens. O único direito que o escravo tem é de sair da relação, de “pedir para sair”, todavia, enquanto estiver nessa relação, terá de obedecer qualquer ordem de sua Dona. Nesse nível de intensidade, o escravo tem de escolher bem a Dona a quem se submeterá porque estará inteiramente a seu dispor, facultado a ele o direito de desistir da relação como um todo, conforme dito acima.
O tipo de relação supracitada se costuma chamar TPE – Total Power Exchange (Troca Total de Poder): todo poder é conferido à TOP, que deve saber usá-lo de modo a adequar suas ações ao São, Seguro e Consensual.
Dominador(a) em BDSM é alguém que sente prazer no poder que tem em controlar física e psicologicamente uma personalidade submissa. Através da sua forma de dominar, consegue que a pessoa escolhida para interagir com ele, se lhe entregue de corpo, alma e coração de uma forma submissa.

Práticas BDSM

 Bondage: Fetiche por amarrar o parceiro. Restringir para dar prazer. Pode ser por cordas, roupas, Vac-Beds, camisa de força, filmes plásticos, etc… Pode ser usado para disciplinar o parceiro. É necessário ter certo domínio no assunto.

Self-Bondage: Prática de bondage feito por si próprio, ’se amarrar’. Deve-se ter cuidado ao praticar self-bondage.


Water Bondage: Fetiche por Bondage debaixo d’agua, ou que contenha água.


 Mumificação: Restrição por meio de mumificação por gaze, filme plástico, gesso, etc… Digamos que é uma subcategoria do Bondage.

Shibari: Arte milenar japonesa de amarrar a pessoa para lhe dar prazer. Feito geralmente em mulheres, a corda é passada pelo corpo de forma estratégica que lhe dê prazer caso tente se libertar ou deixe certas partes do corpo mais sensíveis.
A pessoa que recebe o Shibari se chama Dorei. Breathplay: Também conhecido por Asfixia Erótica, é a pratica de restrição de oxigênio no parceiro. O motivo desta prática, embora não pude comprovar a veracidade, se dá pelo fato de quanto menor a concentração de oxigênio, maior será a concentração de hormônios no sangue, o que causa um maior prazer, ou um prazer prolongado. A restrição pode ser feita de diversas maneiras, como por sacos plásticos, máscaras de gás, mãos, etc… Deve-se ter extremo cuidado com esta prática. É muito perigoso e não deve ser feito por amadores, o menor deslize pode levar a morte.


Dominação: Aquele que domina o submisso, tem o poder sobre ele. Pode ser feito por meio físico ou psicológica.


Submissão: Aquele que se submete ao poder do dominador, fazendo todas as suas vontades. Sadismo: Aquele que sente prazer em ver o outro sofrer. Masoquismo (Algolagnia): Aquele que sente prazer em sofrer por meio de dor e/ou humilhação.


Spanking: Prática de espancamento. Há vários níveis de intensidade, desde tapinhas até chicotadas. Dependendo do gosto da pessoa. Pode ser usado como castigo ou prêmio. A intensidade da batida deve ser feita gradativamente.

Pony Boy / Dog Man: Prática de submissão onde o submisso assume papel de cavalo ou cachorro respectivamente. Sendo tratado como tal. Consensual Rape: Prática onde se SIMULA, (ou seja, é concensual) um estupro. Geralmente isso é para mostrar o poder do dominador sobre o submisso.


 Travestimento / Feminização / Crossdressing:
Jogo onde o homem veste e se comporta como mulher. O homem não é necessariamente homossexual para ter este fetiche.

Podolatria / Trampling: Fetiche por pés. Geralmente o submissos se submetem a adoração dos pés de seu dominador. Há diversos jogos que se podem fazer com os pés, basta criatividade. Trampling é a fetiche por ser pisado pelo dominador. 

Scat: É o fetiche por fezes. Onde geralmente o dominador os fornece ao submisso, onde ele fará o uso de acordo com as vontades do dominador. Deve se ter cuidado ao praticar Scat, pois a transmissão de doenças é evidente.

Golden Shower: Fetiche por Urinar no parceiro. O mesmo cuidado com Scat deve ser feito no Golden Shower, para evitar transmissão de doenças.
Pissing: Pratica bem pareceda com Golden Shower, mas feito diretamente no boca do(a) submisso (a). O mesmo cuidado com Scat deve ser feito no Golden Shower, para evitar transmissão de doenças.
 Fisting: Ato de inserir a mão, parte do braço, ou algum objeto na vagina ou ânus do parceiro. Deve-se lubrificar muito bem a região e tomar cuidados para evitar a distensão muscular e objetos presos devido ao vácuo.


Waxplay: Brincadeiras com velas dão um clima mais misterioso à cena, e podem ser usados no jogo. A cera derretida pode ser usada para torturar o parceiro. Claro, cuidados devem ser tomados para evitar queimaduras sérias. Deve-se deixa-la numa distância segura para evitar queimaduras graves. Deve-se usar neste jogo velas brancas comuns de parafina. Não devem ser usados velas de cera de abelha, velas coloridas e perfumadas, devido aos elementos quimicos alterarem a temperatura de derretimento.



Inversão de Papéis: Jogo onde a mulher passa a ter papel de homem e penetra no parceiro que passa a ter papel de mulher. A inversão de papéis também incluem mulheres com Strap-on (cinto com vibro) que penetram em outras mulheres.

Infantilismo: Prática que visa tratar e cuidar da pessoa como um bebê ou uma criança. Fazendo-o usar fraldas, mamadeiras, chupetas, etc… Agulhas: Deve-se ter extremo cuidado com esta prática. Deve-se ter muita prática e experiência no assunto. Sendo definitivamente uma prática para profissionais. Este jogo usa-se agulhas (de costura ou acupuntura) na pessoa para lhe dar prazer.


Içamento: Prática que pode ser derivada das agulhas onde se prendem ganchos na pele da pessoa e ela é içada ao ar. Deve-se ter extremo cuidado com o material utilizado, o corpo da pessoa, e diversos outros fatores que colaborem com a segurança. Esta é uma outra pratica para profissionais.

Humilhação: Jogo psicológico onde se subjuga o dominado através de palavras ou gestos que o atinjam. Deve se fazer com que o submisso entenda que faz parte do jogo, caso contrário ele sairá abalado da cena.


Face-Sitting: Ato onde a mulher senta no rosto do dominado provocando asfixia.


Privação de Sentidos: Ato onde se priva algum dos sentidos do submisso, como amordaçar, vendar, etc… E aumentar a sensibilidade a outros sentidos.



Eletroestimulação: Ato onde se usa pequenas descargas elétricas para torturar o submisso.


Escarificação: Prática de onde se faz pequenos cortes ou abrasões na pele por meio de facas, lixas, etc…

Medical Play: Prática onde se usa objetos médicos, como espéculo, agulhas, enemas, cateter, etc…



terça-feira, 11 de novembro de 2014

ALGUNS FETICHES E PARAFILIAS

O trecho é do livro Dicionário de Fetiches e BDSM, de Agni Shakti.




“Quem pratica o BDSM deseja obter prazer sexual através de trocas eróticas de poder, envoltas em uma série de desejos, que podem ou não significar submissão, punição física e/ou psicológica e outros meios”.

Fetiche é uma parafilia. O objeto do fetiche é a representação simbólica de penetração, tem conotação sexual, é um objeto parcial e não representa quem está por trás do objeto. Os fetiches mais comuns na sociedade ocidental são os pés (no Brasil, a adoração por pés recebe um nome especial: podolatria), os sapatos e a roupa íntima. Os objetos usados na prática do sadomasoquismo são os fetiches.

Parafilia (do grego παρά, para, "fora de",e φιλία, philia, "amor") é um padrão de comportamento sexual no qual, em geral, a fonte predominante de prazer não se encontra na cópula, mas em alguma outra atividade. São considerados também parafilias os padrões de comportamento em que o desvio se dá não no ato, mas no objeto do desejo sexual, ou seja, no tipo de parceiro.


1. Agrexofilia
A excitação vem do prazer em saber que outros ouvem, veem ou sabem que se está praticando um ato sexual. Gritos desenfreados, superexposição em locais públicos ou até ligar para alguém durante a prática sexual estão envolvidas neste fetiche.
 

2. BBW
É a sigla para “Big Beautiful Woman”, ou seja, mulheres gordas e bonitas. O admirador é conhecido como FA, “Fat Admirer”. O índice de preferência da BDSM é enorme, uma vez que, pelo porte, a dominação e a humilhação seguem uma linha mais, digamos, “pesada”.
 


3. Cisvetismo
É o interesse sexual despertado por roupas especiais, uniformes militares e policiais, roupas de domésticas, garçonetes, babás, uniformes escolares etc.
 



4. Dendrofilia
É assim que se denomina a excitação sexual a partir de árvores, plantas e legumes. Pode parecer estranho imaginar alguém atraído sexualmente por uma árvore ou idolatrando um pepino. Mas é exatamente esse o fetiche.

5. Dry Hump
É a excitação causada pela fricção de todo o corpo, principalmente das partes íntimas, sem retirar as roupas. É o famoso esfrega-esfrega dentro do carro, em muros, sem haver o contato sexual direto. 

6. Échangisme ou Exibicionismo
Do francês “échanger”. A excitação consiste em que a mulher ou o homem provoque com gestos sensuais os seja visto com roupas sensuais, íntimas (ou sem elas), em contato erótico ou sexual, por terceiros, preferencialmente em lugares abertos e movimentados. Uma clássica cena de exibicionismo é a cruzada de pernas de Sharon Stone em Instinto Selvagem.
 

7. Eretografomania
Resume-se em obter a excitação ao escrever cartas de amor, contos e histórias eróticas, usando palavras com conotações sexuais diretas, relatos de experiências e fantasias.

8. FFM
Iniciais em inglês de female-female-male, ou seja, sexo entre duas mulheres e um homem. O sonho de consumo da maioria dos homens.

9. Food Play ou Sitofilia
Usar alimentos na prática sexual: chantili, frutas e até refeições inteiras são servidas em cima do corpo. Além de banhos de sucos e caldas, que são digeridos com a língua ao deslizá-la pelo corpo.

10. Jactitação
A excitação acontece ao falar das próprias atividades sexuais em voz alta para outras pessoas. Um ato bastante comum em rodinhas de homens quando se vangloriam de ter pegado esta ou aquela mulher, e detalham as práticas sexuais.

11. Nesofilia
Consiste na atração pela cópula em ilhas, geralmente desertas.


12. Pediofilia
Atração sexual por bonecas infláveis envolvendo jogos eróticos. Os pediófilos possuem cada vez mais opções. Além de uma grande variedade de bonecas infláveis vendidas em sex shops, muitos cultuam retratos de bonecas despidas em poses sensuais. Barbies sadomasoquistas e moças sexy de Hentai fazem parte desta lista.


13. Pigofilia
Atração sexual intensa por nádegas. E se você pensa que é algo apenas masculino, engana-se: algumas mulheres são fissuradas em bundas.

14. Restifismo
Uma referência ao escritor francês Restif de La Bretonne, autor de obras eróticas do século. Os sapatos estão para o restifista como os pés estão para o podólatra. A adoração por saltos altos e finíssimos, botas de couro e vinil, sandálias que deixam à mostra os dedinhos levam o restifista ao delírio. 


15. Riparofilia
Sabe aquele(a) seu(sua) amigo(a) que você até acha que é boa pinta (linda), mas só o(a) vê acompanhado(a) de dragão, mulher ou homem feio? Pode não ser apenas coincidência. Talvez ele/ela seja um riparofílico(a). Define-se como a atração de certos indivíduos por pessoas feias ou de baixo padrão social.
16. Siderodromofilia
É a excitação em praticar sexo dentro de trens. Em movimento, parado, lotado ou não.

17. Toucherismo
A excitação está relacionada à possibilidade de tocar o corpo de um desconhecido, principalmente as partes íntimas. Andando na rua, seus praticantes sempre encontram um jeito de tocas os seios, as nádegas e genitais de pessoas estranhas.

18. Tripsofilia
Prática em que a excitação é desencadeada através de massagens. Extremamente erótica, tem larga possibilidade de variação e criatividade.

19. Xenofilia
É a excitação por pessoas de outras origens e padrões comportamentais, estrangeiros, sotaques e hábitos de outros países. Atitudes e posturas diferentes do círculo normal de convívio levam à excitação e ao interesse sexual.


20. Zelofilia
É o prazer intenso derivado do ciúme, com a criação de situações que envolvam ou provoquem ciúme. Caso não haja consciência do fetiche, pode se tornar uma obsessão perigosa.